quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Engenharia genética na antiguidade.



"Na pequena ilha grega de Icária durante escavações arqueológicas
foi encontrado um esqueleto muito estranho, no mínimo curioso.
Tratava-se de um espécime masculino aparentando jovem apenas do
pescoço para cima. Havia deformações praticamente em todo o
restante encontrado. A coluna extremamente encurvada, braços
alongados e desarticulados e pernas arqueadas para trás como fosse
um marsupial e muito velho. Nas mãos e nos pés apenas 4 dedos e no
extremo da coluna havia um apêndice medindo em torno de 6 cm. como
se fosse uma cauda".

Segundo alguns relatos bíblicos, os filhos dos gigantes podiam
se relacionar com as filhas dos homens, mas jamais poderiam
fazer o mesmo com os "animais sagrados".

"Esses animais perambulavam pela Terra livres assim deixados
pelos deuses que os criaram".

Os filhos dos deuses não podiam de relacionar com os animais
sagrados por uma razão muito simples, nada aconteceria.
Os animais eram híbridos resultantes de experiências genéticas
mal ou bem sucedidas, nunca saberemos. Os animais eram intocados
mas as filhas dos homens tiveram relações sexuais com esses
seres divinos. Alguns filhos destes coitos foram abandonados
também para que essas anomalias perecessem. Porém alguns
sobreviveram até a fase adulta gerando descendentes.

O mais surpreendente é que há relatos que esses seres chegaram
até a era cristã e dela passaram. "Segundo a Bíblia, João Batista
seria uma espécie de fauno. Vivia entre os animais, comia insetos,
moluscos e cobria-se com peles".

Os animais "perfeitos" eram venerados como deuses. Chamavam-se
perfeitos, aqueles que demonstravam boa saúde e uma forma física
excelente. Alguns casos:
Touros divinos Ápis do Egito, com cabeça de homem e corpo de
touro. As esfinges em praticamente todas as civilizações
antigas. Centauros da Grécia, Roma e Hebreus. Homens e mulheres
alados, em várias civilizações e assim por diante.

Hoje temos notícias de deformações genéticas por epidemias,
radiações e outras causas. Talvez também por experiências mal
sucedidas, mas...nada se compara com as aberrações da
antiguidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Constantinopla a rainha do Oriente




Do ano 324 dC. até 1453, Constantinopla ou Bizâncio, dominou
o mundo civilizado e exerceu forte influência em todas as áreas
do conhecimento humano. Assim como Roma ficou conhecida como
a cidade eterna, o mesmo adjetivo poderia ser aplicado no caso
de Bizâncio. Durante esse longo período, a cidade criada por
Constantino, o grande, foi alvo de inúmeras tentativas de
invasões. A metrópole resistiu e se fortaleceu na medida em que
vencia as batalhas enriquecia com tributos impostos aos
frustrados invasores. Não somente riqueza se transferiu para
detrás de suas muralhas, provavelmente toda a sabedoria
disponível na Europa e médio Oriente se hospedaram na capital
do Império Romano do Oriente, protegida pelos sábios governantes.

As origens do interesse por essa região desmilitarizada são um
tanto obscuras.
Misturam-se dados históricos com referências mitolólicas o que
determina que os fatos fiquem envolvidos numa névoa cheia de
discussões e teses intermináveis.
Pessoalmente a tese que mais me encanta é a de que um jovem
troiano, Enéias teria fundado o primeiro núcleo urbano
nessa região com o nome de Âncar. Segundo o poema épico de
Homero, Enéias teria fugido da morte juntamente com milhares de
cidadãos e soldados. Com ele estava seu filho ainda uma criança
de colo, que segundo a lenda seria fruto de uma relação incestuosa
entre ele e sua meia irmã.
Enéias resistiu aos gregos apostando nas invenções de um engenheiro
troiano de nome desconhecido. Essas maquinações seguraram os
exércitos gregos até o momento em que Enéias refletiu sobre o
motivo pelo qual os gregos tanto assediavam a nova cidade.
Certamente eles queriam a sua pessoa. Decidiu então partir pelo
mar de Negro com parte da armada grega em seu encalço.
Essa ação do lider troiano sepultou os assédios à cidade e esta
passou a ter sua vida normal e próspera.
Homero escreveu um segundo capítulo para a Ilíada ao qual chamou
de Odisséia, onde narra as viagens de Odisseu, também conhecido
como Ulisses. Por outro lado em Roma, ninguém menos que Virgílio
escreveria um terceiro capítulo que foi denominado de Eneida onde
são contadas as viagens de Enéias. Segundo Virgílio, Enéias teria
saído e chegado à costa oriental da Itália ainda com os
gregos em sua perseguição. Como Enéias escapou não vem ao caso, mas
a Eneida fala que teria se estabelecido entre as colinas ao centro
da Itália e seu neto Rômulo demarcaria com seu arado os limites
da capital do mundo, Roma.

Enquanto isso Âncar perdeu sua identidade e se transformou numa
planície quase sem habitantes. Somente colonizadores gregos
permaneceram com suas oficinas, plantações e rebanhos.
Essa condição permaneceu até a fundação de Bizâncio que em
grego significa nova Roma. Constantinopla transformada pelo
imperador Constantino na capital romana do Oriente, chegou
a ser comparada em nível de grandeza e poder à própria Tróia e
Babilônia. Para alguns filósofos, tão magnífica como a
lendária Atlântida.
A cidade viveu o seu apogeu durante as cruzadas. Todos os
exércitos e milícias vindas das terras cristãs, obrigatoriamente
faziam parada dentro dos limites de influência da poderosa
Constantinopla. Entretanto essa convivência era apenas nominal
e na melhor das hipóteses, anfitriões e hóspedes se suportavam
mutuamente devido divergências religiosas.
Essas diferenças filosóficas determinaram o acelerado declínio
do poder bizantino. A partir do momento em que o Sacro Império
Romano assumiu o controle da Igreja, podendo inclusive escolher
os Papas, paulatinamente Constantinopla deixava de ser o centro
do sistema cristão, perdendo além de força política, também
força militar e estratégica.

Em 1453 o mundo cristão perde a passagem para o Oriente.
A queda de Constantinopla exprime um equilíbrio entre Ocidente e
Oriente, com uma leve vantagem para o Império Otomano que se
apodera da grande cidade e uma apreciável posição estratégica
entre dois mundos.

Até mesmo neste momento de queda, Bizâncio foi grande. Com a
invasão turca, todos os cientistas e filósofos gregos migraram
para o Ocidente. Juntamente com artistas, engenheiros, médicos
e outros pesquisadores. Essa migração qualificada em massa
desencadeou o maior fenômeno do conhecimento humano desde a
cultura clássica. Este acontecimento ficou conhecido pelo
nome de Renascença, exatamente por representar o renascimento
da cultura clássica que se perdera com a queda de Roma para os
bárbaros.
Constantinopla, a rainha do Oriente abriu os olhos da Europa
para a luz do conhecimento, sepultando a idade média que
marcou o Ocidente como a idade das trevas.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Faunos, verdade ou fantasia?



Para começar, mitologia não é fantasia. A mitologia é um substrato
da realidade escrita através da trajetória humana. Seres mitológicos
não foram inventados tudo tem base am alguma descrição feita a partir
de fatos históricos.

Faunos, são criaturas da natureza geralmente representadas
por animais com pessoas. Basicamente os faunos são uma espécie
de "caricatura" dos seres humanos que representam facetas da
complexidade psicológica destes. Essa criação por assim dizer, nasceu
da simples necessidade humana de explicar ou justificar determinadas
atitutes e determinados excessos cometidos com frequência..
Se usássemos uma linguagem bem atual poderíamos chamar os faunos de
"avatares" que estariam em lugar dos homens para fazerem aquilo
que, por questões morais, não pudessem fazer.

Em todas as religiões antigas, houve relatos de aparecimentos dos
chamados híbridos. Os faunos são criaturas da mitologia grega e
posteriormente potencializados pela mitologia romana. Mas em todas
as civilizações antigas houve registro de faunos, porém eles não
era conhecidos assim. Para os egípcios, a maioria dos deuses eram
misturas de animais com humanos, ou animais com animais. Para os
chineses, indianos, persas, maias, astecas e até os hebreus
existiram criaturas híbridas semelhantes aos faunos. No caso dos
hebreus há um entendimento de que a equilibrada religião cristã
que é oriunda dessa civilização antiga e assumiu a bíblia sagrada,
jamais admitiria a existência destes seres. Bem, o antigo
testamento está repleto de citações estranhas. Os própios anjos
são uma espécie de faunos, já que em caso de avistamento eram
descritos como humanos com asas de animais.

Os faunos não podem ser considerados algo pertencente à realidade
mas, também não devemos duvidar de que pelo menos tenham existido
em algum momento da história. A antiguidade é muito vasta e
complexa. A mitologia é resultante do movimento das eras que
se interligam através de fatos e lendas. Figuras lendárias tais
como faunos, anjos, sátiros, sereias, etc. resultam de um processo
histórico com todos ingredientes e características que o
acompanham.

Há fantasias que nascem das verdades, assim como há verdades que
emergem do folclore. São as velhas máximas do homem que busca
entender o universo em que vive...
"Tudo que penso pode existir".

sábado, 12 de junho de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Machu-Picchu. Alguém atrás da porta.


Hiram Bingham o Indiana Jones verdadeiro.

Esta foi a visão de Hiram quando atravessou o vale e voltou-se
para fotografar a cidadela.


Em 24 de julho de 1911 O jovem professor de história, arqueólogo
e futuro senador Dr. Hiram Bingham, revelava ao mundo a cidadela
"perdida" de Machu-Picchu.

"Em 1572, os espanhóis decidiram eliminar aquele último baluarte
de resistência indígena. Mas, ao chegarem em Vilcabamba, eles a
encontraram quase deserta: seus defensores haviam incendiado a
cidade antes de empreenderem a fuga. Os espanhóis os perseguiram
em meio à floresta tropical, até capturarem o último chefe inca,
Tupac Amaru. Ele foi levado para Cuzco, submetido a um simulacro
de processo e decapitado na grande praça. Com ele a dinastia inca
desapareceu".

Última parte.

Ao vencerem o último obstáculo, os dois aventureiros se encontraram
num caminho quase aberto se comparado com a espessa vegetação que
haviam enfrentado anteriormente. Era uma estrada pavimentada e protegida
por muralhas. A floresta na verdade era quem transformava a vila
numa fortaleza. Melchor que viera na frente por todo o trajeto, agora
ficava para trás. Hiram sentia que o momento que ele sonhava havia
chegado finalmente.
Após contornarem um pequena formação rochosa, começaram a escalar uma
colina cheia de terraços escarpados, remanescentes dos incas.

Relato de Hiram Bingham em suas memórias:
"De repente me encontrei diante de paredes de casas em ruinas, construidas
com a mais fina técnica inca de trabalho em pedra. Era difícil
distingui-las, pois após todos aqueles séculos, estavam parcialmente
recobertas de árvores e de musgos. Mas na sombra espessa, ocultas
entre moitas de bambu e cipós entrelaçados, apareciam aqui e ali as
paredes de granito branco, com blocos cuidadosamente talhados e
ajustados de forma extraordinária. Parecia um sonho incrível".

As ruinas se estendiam pelo vale formado entre as montanhas,
cada passo significava uma descoberta. Melchor acompanhava todos os
movimentos do cientista como se tentasse imitá-lo. Ao cabo de uns
30 minutos de andanças e anotações, Hiram voltou-se para o índio e perguntou:
_Você havia mencionado sobre um tesouro não foi?
O arqueólogo estava inspecionando uma construção com aberturas
em forma de trapézio e aguardava a resposta, como essa não veio
resolveu olhar para Melchor. O Índio estava com os olhos lacrimosos
visivelmente emocionado.
_ Ei o que aconteceu? Finalmente o guia resolveu falar.
_ Nada! Por que?
_ Sei lá! Respondeu o jovem encolhendo os ombros magros.
Ao final deste pequeno diálogo os dois continuaram recolhendo
informações dos sítios. Hiram anotava freneticamente o mais
rápido que podia. Intercalava com algumas fotos enquanto a
luz do dia possibilitava. Em seguida começou a chover novamente.
O rapaz passava a mão embarrada nas lentes dos óculos, até que
foi obrigado a parar e correr para a barraca que Melchor
havia acabado de montar.
Os dois entraram na pequena barraca. Antes de se acomodar
Hiram deu uma olhadinha para fora. A chuva recrudescera, mas ainda
era possível ver os contornos das construções incas sob um
silêncio majestoso..O jovem sorriu sentindo uma alegria indescritivel.
Recostou-se na mochila e deixou que o enorme cansaço fizesse o
resto do trabalho.

Nota do autor:
"Eu quero encerrar essa postagem com uma singela homenagem ao maravilhoso
povo andino, mas antes dizer que esse pequeno exercício, mesmo que modesto,
me custou para ser realizado. Não sei por qual razão, foi difícil e muito
me emocionei o tempo inteiro em que estive envolvido na criação dessa
pequena estória. É muito provável que as coisas aconteceram de modo
diferente, mas minha intenção foi criar um clima de aventura para tanto
inseri alguns diálogos e acontecimentos. Melchor Arteaga existiu realmente,
mas sem dúvida não era um aventureiro como descrevi. Se realmente Hiram
Bingham inspirou George Lucas e Steven Spielberg na criação de Indiana Jones
eu não sei. Só posso afirmar que há muitas coincidências.
A homenagem que falei é uma música. Trata-se de um clássico andino na
interpretação do grupo chileno Inti Illimani, "Alturas". Como curiosidade,
"Inti" significa sol e "Illimani" é um nevado localizado na Bolívia".

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dança Celta. Solo de alaúde medieval.




Talvez sejam as informações desencontradas e muitas vezes sem qualquer embasamento científico que nos levam crer que os celtas eram um povo introspectivo e melancólico. Quase todas as manifestações entre desenhos, filmes e livros diversos, mostram figuras deprimidas e singularmente truculentas. Infelizmente não nos chegou até hoje, nenhum registro fidedígno das festas e danças, nem poderia. Mas o folclore dos países insulares principalmente da Irlanda, traz referências significativas e plausíveis de movimentos sonoros cheios duma alegria contagiante.
Então não nos custa nada imaginar que se tratava de um povo alegre e com danças e cantorias bastante animadas.
Foi com o objetivo de emoldurar essa imaginação que utilizei um alaúde de 12 cursos que construí baseado em informações iconográficas da idade média. Apesar das
modificações, o som ficou muito convincente. Este instrumento tem característica sombria e profunda, porém imagino que juntamente aos instrumentos de fricção e sopros, os antigos povos poderiam tranquilamente tocar e dançar com imensa alegria.
Eis a minha Dança Celta.

sábado, 24 de abril de 2010

Machu-Picchu. Alguém atrás da porta.


Fotografia feita por Hiram Bingham enquadra o corajoso Melchor Arteaga
atravessando descalço a "puente" sobre o violento Urubamba.


Segunda parte.

Pouco ou quase nada de descanso, foi o suficiente para Hiram e Melchor. Os motivos de um eram diferentes do outro, mas ambos não conseguiam esconder sua excitação. O jovem cientista plantou-se petrificado olhando a água batendo com força nas pedras.
As vezes parecia que as ondas provocadas pela correnteza iriam levar a ponte precária. Melchor parecia calmo e deixou as mochilas cairem aos seus pés. Hiram olhou-o com estranheza e perguntou: - Não vamos precisar disso também? O índio parecia estar absorto, mas respondeu depois de alguns minutos: O senhor vai precisar sim doutor! mas agora vamos passar ponte sem peso!
Hiram não chegou a responder, pois ainda falando, Melchor colocou os sapatos nos ombros e iniciou a travessia. Hiram fez uma foto do homem que mais parecia um macaco atravessando o rio rapidamente. Minutos depois foi a vez do professor. Ele não conseguiu ficar de pé sobre os troncos molhados, nem agachado como Melchor. Durante quase 15 minutos Hiram se arrastou agarrado com toda sua força na velha ponte. O trajeto de 30 metros que Melchor levou alguns segundos para atravessar, quase matou o jovem arqueólogo do coração.
Na outra margem pouquíssimo espaço havia para um acampamento, na verdade quase não havia espaço para os dois grandalhões ficarem lado a lado. Melchor certificou-se da segurança do cientista e em seguida retornou para a margem de onde haviam partido.
Hiram abriu os braços e perguntou: - Mas o que você está fazendo? Melchor retornou em segundos já com a mochila nas costas.
- Porque você não trouxe a mochila na primeira vez então?
- Eu tinha que ter certeza que ponte aguentaria meus 100 quilos, mais os 50 da mochila. Quando atravessei na primeira vez bati os pés com força. Senti que a madeira estava bem firme!
Hiram não entendeu muito bem a tática do outro, mas resolveu não contestá-la, afinal o índio esteve certo até aquele momento porque não estaria agora.
Mal sabia o cientista que apenas 600 metros morro acima o separava da cidadela perdida dos incas. O Urubamba rugia através da selva, serpenteando entre paredões de granito. Melchor tirou o facão da cintura e agilmente começou a abrir caminho na densa vegetação. A mata naquele ponto era tão fechada que os dois mal conseguiam avançar alguns centímetros para dezenas de golpes do facão. Mas aos poucos eles iam subindo, até que ao cabo de uma hora e meia encontraram um antiga trilha equipada com degraus de pedra. Naquele ponto a floresta não tomava conta de todo o caminho, então para felicidade dos dois aventureiros, o progresso era visível.

De repente o caminho ficou mais estreito e tiveram que passar pelo meio de duas rochas talhadas. Melchor olhou para trás e disse: - Esse é o primeiro portal! Hiram não conseguiu ver bem, pois a mata cobria grande parte da estrutura, mas para ele aquilo pareceu mais uma abertura numa espessa muralha.
Aquela subida já havia consumido três horas daquela manhã chuvosa de 1911. Hiram perguntou quando iriam descansar, ao que Melchor respondeu: -Podemos descansar perto do segundo portal, que aliás é aquele ali! O índio parou apontando para um muralha pequena que atravessava o caminho.

Continua.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

As filhas de Atlântida.

Já é de nosso conhecimento que os Atlantes sabiam com muita antecedência, o que iria ocorrer com a sua capital imperial. Após um planejamento minucioso, todos habitantes de Atlântica foram retirados da cidade e arredores. Essa manobra deve ter dispensado alguns anos para ser levada a termo. Durante esse tempo, vários destinos previamente
determinados foram sendo alcançados pelos fugitivos da tragédia..
Mas quais teriam sido as razões para escolherem pontos diferentes a seguirem? A principal delas e a mais plausível, é o fato de que seria muito difícil erguerem uma cidade do tamanho de Atlântida em pouco tempo. Enquanto não conseguissem, teriam que ficar expostos em acampamentos precários, ao passo que diversas pequenas cidadelas com 20.000 pessoas no máximo seriam muito mais viáveis.

Foram determinados 10 rumos para a imensa população atlante. Destes, pelo menos 5 se transformaram em grandes cidades. E como podemos afirmar que esses núcleos foram realmente fundados pelos atlantes? Por coincidência, ou não, o planejamento destas cidades eram todos muito parecidos ao da metrópole desaparecida. Como se isso não bastasse, há uma semelhança muito acentuada no tipo físico e também em determinadas obras de arte encontradas em lugares separados por milhares de quilometros.

Não é fácil explicar a semelhança entre os astecas e os habitantes de Creta. Há obras em Knossos onde mostra pessoas absolutamente idênticas às encontradas em códices antigos encontrados em Tenochtitlan..



Knossos - Creta



Tenochtitlan - México


Troia. Litoral da Turquia


Mohenjo-Daro norte da India

terça-feira, 20 de abril de 2010

Eles sabiam..



Ninguém ergueria monumentos de tal envergadura se não estivessem
movidos por uma certeza, "A morte é só o começo". Faraós usavam
todo o seu poder e riqueza para aquilo que seria a sua obra mais
importante, seu túmulo. Não somente os nobres, mas artesãos e
outros profissionais importantes usavam todos seus recursos para a
última viagem.

Os egípcios sabiam do após morte. Isso não era uma conjectura
nem um simples mito. A clareza era evidente, não se tratava de
simples devaneios sacerdotais, os egípcios sabiam o segredo.
Também sabiam como transformar esse saber em realidade e isso foi
feito durante 4.000 anos.

A certeza de que iriam viver uma outra vida era uma realidade tão
cristalina quanto a certeza de estarem vivendo aquele momento.
Isso fez com que o Egito legasse à posteridade um conjunto de obras
tão duradoura quanto a própria ideia de eternidade.
Mas infelizmente a sua maior obra se perdeu entrecoberta pelo pó
dos tempos.
"O livro sagrado dos mortos" e com ele, o grande segredo: como
renascer no outro lado.

terça-feira, 6 de abril de 2010

O canto dos Anjos.

Imagens da internet como fundo a trilha
"O Canto dos Anjos" de 2008

sábado, 27 de março de 2010

Cavalo de Tróia. Um mito eternamente aplicado.



Uma ideia de Odisseu, segundo relato de Homero em seu
poema épico sobre a Guerra de Tróia.
Nenhuma artimanha ou tática de guerra da antiguidade
se compara em beleza, significado e grandiosidade
ao famoso cavalo.

Sua aplicação poderia ser o único ponto questionável
no entanto, temos que concordar com Odisseu em todos
sentidos.

Ao desmanchar grande parte da sua poderosa frota na
intenção de utilizar a madeira, os gregos poderiam
se enfraquecer ao ponto de perderem a guerra, aliás
essa já se mostrava perdida e o cavalo se transformou
de repente na última esperança grega. A ideia só não
pareceu estapafúrdia pela singela razão de não existir
nenhuma melhor, pois nada garantia que os troianos
iriam aceitar o "presente grego". Mas aí a sagacidade
do rei de Ítaca falou mais alto.

Em primeiro lugar, o cavalo demonstraria a aceitação
dos gregos da derrota. Oportunamente, deveria marcar
a falsa retirada numa manobra teatral fantástica.
Mas a principal qualidade dessa tática foi a simples
aposta de Ulisses no orgulho e regozijo do inimigo.
Os troianos ao perceberem a retirada da frota grega
e ainda vendo na praia um monumento de tal grandeza
não tiveram dúvida. Abriram os portões colossais da
imensa cidade e tudo foi festa em torno do "regalo".

Até hoje essa manobra é citada em diversas ocasiões.
Presente de grego que significa a fraqueza humana
diante da paparicação. A vaidade é a porta de entrada
para todos os "cavalos de Tróia", inclusive o virus
de computador que leva esse nome na inequívoca
intenção de gozar o momento de fraqueza de quem o
acolhe.

É por isso que os antigos romanos inteligentes já
diziam "Timeo danaus et dona ferentes". Temo os
gregos quando dão presentes.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Obra prima. - White Album by The Beatles



Antes de tudo uma afirmação, " ninguém chega onde os Beatles
chegaram por mero acaso".
Penso que não precisava escrever isso, mas tenho que tomar
algumas precauções ao abordar um fato concreto com um conteúdo
místico.

Ano de 1959, local, uma esquina qualquer da cidade operária de Liverpool.
um menino canhoto e criativo encontra outro menino de inteligência
sagaz e altamente politizado. O resultado todos nós conhecemos.
Nasce um mito. Uma verdadeira máquina cultural que revoluciona
o mundo com sua mensagem abrangente e comunicativa.
Deste encontro aparentemente sem significado até o rompimento
da banda em 1970, uma super onda de força inimaginável se espalhou
pelos quatro cantos do planeta, transformando-se num fenômeno
de comunicação inigualável até hoje.
Muitas coisas nasceram das cabeças iluminadas de John, Paul, George
e Ringo. Como um toque de "Midas" tudo em suas mãos se transformava
em ouro. O amadurecimento do grupo era perceptível a cada album que
lançavam. Do primeiro "Beatlemania" até o "Let it be",
foram mais de quatrocentas músicas gravadas ou não que até nos
dias de hoje são cantadas e ouvidas no mundo inteiro.

Em meio dessa explosão criativa, os Beatles legaram ao universo
uma dúzia de obras primas pelo menos, sendo uma delas o famoso
álbum branco o duplo "White Album". A música pop virou arte
a partir deste disco, no entanto, foi alvo das mais severas
críticas até então dirigidas ao quarteto. Entre razões citadas
para tanta rejeição estava o fato do disco conter muito material
para um duplo. Isso determinou, segundo os críticos que escutar
o disco era uma jornada enfadonha e chata que se ficava o tempo
inteiro tentando entender ruidos e sons estranhos à música, em
alguns casos, isso fez com que algumas pessoas que adquiriram a obra
tentassem a sua devolução alegando defeito.
Sobre essa críticas, Paul McCartney disse a seguinte frase "o excesso
de informações é exatamente o charme desse album, daqui quarenta anos
ele ainda estará atual". Paul criticou os críticos e encerrou a discussão
com um golpe de mestre. Sobre o excesso de informação, só podemos
afirmar que ele tinha razão, o disco é primoroso. O conteúdo
eclético é fantástico, cheio de inovações em termos de arranjos
e orquestrações assinadas por George Martin.

Ruidos estranhos.

A parte boa dessa passagem é o fato dos tais ruídos estranhos
à música existirem mesmo, mas nunca foram detectados pelos
Beatles, pelo menos nas mixagens. Essas alterações sonoras
não são tão raras nas gravações analógicas, principalmente as
feitas antes da década de setenta, mas em se tratando de
Beatles, realmente não são normais. Na música "A day in the life"
que não faz parte deste album é onde se percebe ruidos mais
intensamente, mas no disco em questão, pelo menos quatro faixas
são notadas essas interferências.

Revelações.

Há ligações interessantes destes ruidos com algumas revelações
importantes realizadas no início daquele ano de 1968, época em
que a banda entrou no estúdio para gravar. Uma dessas revelações
seria a grande marcha estudantil realizada em Paris que acabou
se espalhando pelo mundo inteiro. Outras, os protestos contra
a guerra do Vietnã e o assassinato de Matin Luther King, ambas
nos Estados Unidos e a primavera de Praga na Europa.
Detalhe importante, a maioria desses acontecimentos ocorreram
antes da gravação do disco, portanto, não podem ser considerados
previsões. Se há alusões a eles só podem ser propositais.
Embora se diga que nada possa ser provado, há muitos que afirmam
ouvirem previsões em idiomas estranhos entre os intervalos mudos
do disco. Para conseguir isso é necessário ouví-lo em equipamentos
de áudio especiais com pureza digital. É bom saber disso, ainda
mais que na época que o disco foi gravado esses equipamentos
não existiam.

Confesso que nunca ouvi nada estranho neste disco e toda vez
que escuto isso é o que menos me preocupa. Uma banda como
The Beatles não precisaria de artifícios para alcaçar o sucesso
e nem chegaria no estágio em que chegou sem gerar
uma série de lendas. Uma delas é que Paul teria morrido
um pouco antes de gravar o White e que sua morte estava
prevista na capa do "Sgt. Pepper's". A música "Júlia" na
verdade, não teria sido composta, então não existia, mas no
final das gravações estava lá integralmente com arranjos vocais
e uma série de ruidos imperceptíveis nas eletrolas disponíveis
na época. A faixa "Revolution" é resultado de uma coversa
entre John Lennon e o filósofo Karl Marx no Royal Park em Londres,
só que o pensador alemão já havia falecido há muitos anos.
Júlia era o nome da mãe de John. Ringo se ausentou do estúdio
durante as gravações e teria participado de apenas oito faixas,
no restante do disco não se sabe quem tocou a bateria.
Ringo jura que foi ele.

"White Album", uma obra prima da maior banda de rock de todos
os tempos é também uma página na arte moderna ainda muito
atual cercada de mistérios e lendas, como não
poderia deixar de ser.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Delfos e a força desconhecida.


Nenhum oráculo da antiguidade possuía a fama e a força
de Delfos. Construído no monte Parnasso em honra de deus
Apolo, Delfos era a personificação do próprio homenageado.
Segundo a mitologia, o grande Apolo teria eliminado
Python e construído o oráculo sobre sua carcaça.

Neste local eram realizados os jogos píticos que junto aos
jogos olímpicos traduziam poeticamente os feitos heróicos
da civilização helênica.

A importância de Delfos era tanta que os próprios inimigos
da Grécia consultavam as pitonisas. Havia uma certa isenção
diplomática, onde certamente era proibido lutas que não
fossem as de competição.

O grande Xerxes II fez questão de consultar o oráculo antes
de invadir o território grego. O rei persa não deve ter
levado a sério as previsões que lhe foram transmitidas.
Certamente Delfos lhe alertou sobre a coragem comovente dos
atenienses e a entrega desmensurada dos hoplitas espartanos,
mas o divino Xerxes não deve ter acreditado, ou as previsões
não foram bem interpretadas pelos sacerdotes persas.
Até hoje não sabemos se o oráculo enganou os persas dando-lhes
pistas e previsões falsas. É muito pouco provável que isso
tenha ocorrido, o mais certo é que a autoconfiança e arrogância
dos invasores tenham sido os seus piores inimigos. Delfos
deve ter-lhes alertado sobre isso também.

A força desconhecida dos gregos que Xerxes não acreditava
existir, não estava exatamente nas previsões do oráculo, mas
na persistência pela liberdade que ninguém amava mais
que os gregos. Além de toda arte e beleza o povo grego elegeu
a liberdade como condição irrevogável para a felicidade do
idivíduo.
Por essa condição eles se entregariam à morte e morreriam
felizes.
Tudo isso deve ter sido dito para o incrédulo Xerxes.
E ele consultou o oráculo para que afinal?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Olhe ao seu redor.

Há muitas coisas nas quais acreditamos sem nunca avistá-las.
Penso que o verbo acreditar é somente uma forma de expressão,
assim como, "vejo, mas não acredito".

Os gnomos são um capítulo interessante neste contexto, ainda
que há seres bem mais inacreditáveis sendo vistos por aí,
os pequenos encantados são tomados como vilões nas lendas dos
avistamentos.

Gnomos são figuras criadas na idade média para representarem
uma faceta obscura da personalidade humana. Porém, com o passar
do tempo, foram adquirindo formas e habilidades diferentes das
que originalmente lhes foram impostas ao nascerem.
Creio que são descendentes ou substitutos de outra figura
"imaginária" bastante conhecida, o fauno.

Crer ou não, na realidade não faz a menor diferença, as coisas não
nascem e vivem por acaso, tudo está interligado à uma força, uma
energia de origem coletiva. Essa energia determina se algo pode
ou não existir, independentemente da crença.

Muitas pessoas acreditam em determinadas coisas, porém juram que
não!! a explicação é simples, na verdade elas acreditam mas não
sabem. Quem acredita na bíblia, também crê em dezenas de
figuras mitológicas que são alvos de chacotas dentre os prórios
leitores dessas escrituras. O grande mistério é que eles não fazem
a menor idéia do que estão realmente lendo.
Um exemplo clássico é o fato de um indivíduo que acredita em Deus
também acredita no diabo. Sinceramente eu acho isso um tremendo
paradoxo, para não chamar de outra coisa. O simples fato de eu
crer em Deus por si só já me impede de admitir a existência de um
satanás.

Prefiro crer num gnomo que notoriamente é um "elemento" vinculado
às virtudes, sensível à agressão da natureza, representação
nequívoca do bem, etc.. do que acreditar no diabo que disfarçadamente
ou não é a representação do mal.

Cada um acredite no que bem entender e faça um bom proveito
de suas crnças, mas deixem os pobres gnomos realizarem seu trabalho
em paz..
Qual é o trabalho?
Noutra oportunidade eu respondo..

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A importância da mitologia.


Se perguntássemos para alguém hoje, qual é a importância
da mitologia em sua vida? Certamente esse alguém responderia,
nenhuma! Claro teríamos que considerar uma série de fatores,
mas na média, a resposta seria semelhante.
Na verdade a mitologia é extremamente importante para todos
seres humanos independente do lugar onde vivem, suas variações
e particularidades.
Esse conceito é de difícil aceitação, isso quando existe uma
consciência de que ele realmente estabelece alguma alteração
no pensamento do indivíduo. Na maioria das vezes, essa ciência
é vinculada à alguma era passada e que não exerce mais nenhuma
influência nos dias atuais. Como se fosse uma "língua morta".
Entretanto, sabemos que a mitologia não foi criada por acaso e
que isso só aconteceu devido à imensa necessidade humana.
Tudo que surge não espontaneamente, mas por uma demanda natural
tem importância incomensurável e sua influência não conhece
limites.

A mitologia antiga pode não ser conhecida pela imensa maioria
das pessoas, no entanto, ela está encravada na memória da
humanidade e mesmo sem percebermos a estamos resgatando dia
após dia.

A importância dessa ciência está intimamente ligada à nossa
ancestralidade e seu uso é imperceptível por se tratar de um
pensamento.
A mitologia está inserida em todas atividades humanas, tanto
na mais humilde quanto naquela que exige maior apuro técnico
possível. O ser humano precisa da mitologia assim como precisa
da arte, porém, tanto uma quanto a outra são tidas e havidas
como atividades supérfluas.
O homem necessita da organização de seu pensamento e neste
particular os acontecimentos mitológicos fazem parte de uma
evolução cognitiva que juntamente com grande parte de seu
conhecimento, formam uma cadeia extremamente importante para
todo o contexto da espécie.

Não podemos afirmar que a mitologia seja tão importante quanto
a roupa que vestimos, mas dá para colocar as duas coisas no
mínimo lado a lado. Acho até que a moda não existiria se não
existisse a mitologia.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Os deuses e a felicidade.


A felicidade dos homens nunca foi prioridade para os deuses
até porque eles sempre estiveram mais preocupados com
a própria felicidade e pensar na felicidade humana seria
perda de tempo. No nascedouro da mitologia grega, já há uma
demostração inequívoca desse egoísmo exacerbado.
Cronos, o deus do tempo ao perceber que seria
molestado em seu poder por algum de seus filhos,
não perdeu "tempo", pôs-se a engolir um por um dos rebentos
conforme iam nascendo. Graças a providência de Réia, a vida
de Zeus, o pai dos deuses foi salva.
Mas não podemos imaginar que essa ameaça serviu como uma lição
de humildade para o poderoso Zeus. Poderíamos pensar que se ele
foi salvo pela mãe teria como reconhecimento, uma atitude
benévola com relação aos pobres mortais.
Pelo contrário, Zeus provou inúmeras oportunidades
ser um deus arrogante, egoísta, vaidoso, luxurioso,
lascivo, devasso e em nenhum instante preocupado com a
felicidade de quem quer que fosse a não ser a dele mesmo.

Mas Zeus não está só nesse imenso panteão de figuras
egocêntricas. Não somente na mitologia grega, mas praticamente
em todas mitologias há um emaranhado de personalidades difíceis.
Passando pela Mesopotâmia, India China, Países nórdicos, América
Pré-Colombiana e inclusive os Hebreus, cada deus se julgava
no direito de exigir sacrifícios, de impor condições
para que os mortais atingissem algum objetivo e no fim
de tudo ainda poderiam punir aqueles que por ventura sentissem
alguma felicidade.
Essa condição, felicidade ficava no fim da lista.
Em princípio o homem deveria realizar as tarefas mais improváveis,
depois se sobrasse tempo, talvez pudesse ser um pouquinho feliz.

Há uma série grande de casos onde deuses cobradores entram em ação.
Até as religiões modernas guardam vestígios herdados das mitologias
onde os fiéis são obrigados a inúmeros sacrifícios. Tudo a troco de que?
Para felicidade de quem?

Começo a pensar que a felicidade é uma metáfora criada pelos deuses
para que o homem nunca perca a disposição ao ato de abnegação, ao
sacrifício e à entrega. Às oferendas ainda podemos incluir pagamento
em espécie, como acontece em algumas convergências religiosas hoje em
dia, mas aí já entra outros tipos de deuses e outra sensação de
felicidade desconhecida nos tempos mitológicos.

Pessoalmente imagino que os deuses não tenham nada a ver com a felicidade.
Na verdade acho que ninguém tem.
É tudo com a gente mesmo.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Depoimentos.


João Morais,(nome fictício), participava de um encontro
numa pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul.
Durante esse encontro, várias pessoas se manifestavam
em relação a duendes, druidas, gnomos e outras criaturas
mágicas. Cada participante relatava alguma experiência
vivida relacionada com estes seres. Quando chegou a vez
de João dar o seu relato ficou parado com os olhos fixos
numa determinada parte do bosque que circundava o local.
Seus olhos arregalados não desviavam de uma árvore em
especial. Tratava-se de um enorme carvalho muito antigo
provavelmente milenar. A incidência deste tipo de árvore
no Brasil não é muito comum, por este motivo, as pessoas
imaginavam que João estivesse simplesmente admirando a
imensa árvore. No entanto, ele começou a narrar aquilo
que estava vendo. Disse ele numa voz esganiçada:

-Há uma colônia de duendes morando dentro dessa árvore!
agora neste momento, um velho com roupas azuis e amarelas
está mandando outros entrarem no tronco..Tem uma porta
arredondada bem ali! Disse João apontando desesperado
para o local.-Mas será que ninguém de vocês está vendo?
Olhem, olhem! Gritava o rapaz.
-Agora estão saindo! são muitos, uns doze talvez quinze
pequenos duendes! Insistia ele.
Os colegas dele entreolhavam-se incrédulos. Até aquele
momento nada disso havia acontecido ainda. Todos falavam
de encontros ocorridos anteriormente, mas nunca tinham
visto alguém narrar ao vivo qualquer um deles.
João continuou apontando e mostrando o que acontecia e
em alguns momentos chegava próximo da árvore mas em
seguida recuava como se estivesse sendo expulso.
O "teatro" do jovem continuou por mais uns dez minutos.
Uns dois ou três congressistas, já haviam sumido do
local, mas a maioria permanecia atenta e sem ver coisa
nenhuma. Porém uma jovem aparentando uns 25 anos
apontou para a árvore dizendo:
- Olha só, eu estou vendo ali ó! Um homem também gritou
com as duas mãos na cabeça:
- É verdade gente! eles estão ali mesmo!!
Depois mais uma mulher, mais outra moça um outro homem
maduro e de repente todos estavam vendo as tais figuras.

Bem, todos não, o João não tinha visto nada antes e nem
via naquele instante. Ele simplesmente tinha inventado
aquela estória toda e estava se divertindo às custas dos
colegas, mas agora a coisa tinha ficado séria pois todos
estavam vendo os duendes, menos ele.
As pessoas se abraçavam, pulavam e comemoravam aquela
visão. Esse fato fechava com chave de ouro o encontro dos
esotéricos. João estava boquiaberto. Olhava para a
suposta porta na árvore e não conseguia ver coisa alguma.
Com muita festa e algazarra, os esotéricos foram saindo
inclusive o próprio João Morais saiu meio carregado pelos
outros.
Somente aquela moça que falou primeiro ficou no local.
Ela estava sorrindo e balançava a cabeça como se não
acreditasse naquilo tudo.
- Como tem gente louca neste mundo! Nossa!! Falou para
si mesma. Naquele exato momento um ruido vindo de uns
arbustos ao lado da tal árvore chamou a sua atenção.
A jovem se aproximou devagarinho e de repente ouviu
claramente uma voz metálica com um sotaque carregado
dizendo:
- Você ouviu Linus? Que barulheira!!
- Pssssiu!! Não fale agora, pois acho que ainda tem
alguém aqui!!
A moça não esperou para ouvir mais nada girou rápida
e saiu em disparada como se estivesse sendo seguida
por uma dúzia de duendes..

João nunca mais voltou à tal cidade, aliás o encontro
não aconteceu mais. O jovem não contou a tal estória
para ninguém mais e até hoje ninguém sabe o que
realmente aconteceu naquele bosque..

domingo, 17 de janeiro de 2010

Você gostaria de ver um "gnomo" ?


Quem não gostaria de ver uma entidade mágica dessas bem
pertinho hein?
Mas é possível?
Há maneiras de saber!! Entretanto, em primeiro lugar temos
que nos certificar de algumas coisas.
1- Essas criaturas existem mesmo?
2- Elas estão espalhadas no mundo inteiro?
3- Há como ter acesso à essas criaturas mágicas
4- Não há perigos?
5- Os gnomos são fiéis?
Respostas:

1- Sim
2- Nos países com grande concentração de florestas.
3- Sim para poucas pessoas.
4- Não.
5- Sim, mas não dão uma segunda chance se forem enganados.

Então!!! você gostaria ou não?

Bucéfalo. Mito ou realidade?


Bucéfalo acompanhou Alexandre até sua penúltima batalha, pois
na última, o magnífico cavalo já estava morto. No entanto nessa
batalha o animal não poderia ajudar, era contra a febre. A única
luta que Alexandre não venceu.

"Um cavalo negro sem nenhuma mancha ou traços de qualquer outra
cor. Uma musculatura impressionante, mais parecendo uma máquina
do que um animal. Ninguém conseguira domá-lo. Nem mesmo os
famosos ginetes de Felipe. Cavaleiros experimentados vindos de
diversos pontos do planeta, caíam na primeira e única tentativa
de montá-lo. Alguns ficavam aleijados, outros com tanto medo
que não tentavam outra vez.. Numa certa manhã, um jovem com 16
para 17 anos ainda imberbe pulou o cercado. Ao perceberem
os arqueiros macedônios prepararam-se para abater o enorme animal
antes que ele esmagasse a cabeça do menino. Entretanto, o garoto
conseguiu se aproximar e num giro rápido evitou que o cavalo ficasse
com o sol em suas costas..Com a luz do sol batendo diretamente
em seus olhos, não havia como o cavalo perceber a própria sombra e
era exatamente esse o grande mistério que impedia a qualquer pessoa
se apromimar dele..Alexandre percebeu que o animal estava sempre
assustado e isso era notório na maneira dele agir e principalmente
em seus olhos. Mas montá-lo, não seria tão fácil. Porém Alexandre
dispensou a manta pesada de couro que machucava o lombo do cavalo e
também o freio metálico usando apenas uma tira de seda que havia
colocado suavemente na boca de Bucéfalo. Alexandre subiu no dorso
do enorme cavalo. A reação das pessoas foi de total espanto, pois
Bucéfalo aceitou com calma o seu cavaleiro. O jovem acariciava o
pescoço do animal e murmurava em seus ouvidos. De repente o
indomável equino principiou um trote garboso para depois lançar-se
num galope desenfreado.

A partir daquele instante, Alexandre e Bucéfalo jamais se separaram
e os dois transformaram aquela união como se fosse um só.
Aquele conjunto constituia uma arma de guerra formidável, ninguém
conseguia detê-los. Atravessavam as linhas inimigas como se essas
fossem feitas de papel.

Durante toda a sua vida, Bucéfalo não teve outro cavaleiro senão
o próprio Alexandre. Nenhum outro podia montá-lo. Até os cavalariços
tinham dificuldade para tratá-lo, enquanto Alexandre não ordenava,
ele não atendia ninguém.

Inúmeras vezes, Bucéfalo salvou a vida de seu dono. A recíproca
também havia, pois Alexandre tinha muito cuidado para não perdê-lo.
Não foram poucos os golpes de lança desviados por sua espada, golpes
que tinham como endereço o peito do animal.

Muitas passagens que viraram lendas, foram contadas sobre esse
cavalo fantástico.. Tantas lendas que hoje muitas delas se confundem
com os mitos, tão profundamente tanto quanto merecem.
Um animal desses, mito ou realidade"?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Vidas passadas.


Até hoje, pessoalmente não tive o prazer de sentir
a centelha de alguma vida anterior. Seja numa emoção,
numa lembrança, ou até em algum lugar onde nunca estive.
Infelizmente não posso testemunhar favoravelmente
nesse particular. Não quero refutar ou duvidar de
experiências alheias, muito menos da possibilidade
de que isso realmente seja possível. Podem me chamar
de São Tomé se assim quiserem, mas de verdade!! nunca
percebi, nas várias décadas de minha modesta vida,
qualquer indício de uma ou de várias chamadas
"vidas passadas".

Ouvia, principalmente nas madrugadas depois de
muitas cervejas e outras bebidas, amigos confidenciando
que após sessões de retrospecção, haverem encontrado suas
identidades em vidas anteriores..
Muitos foram cavaleiros templários, guerrilheiros,
cortesãos, reis e até santos...
O que eu mais achava legal é que todos teriam sido
somente pessoas interessantes e heróicas..Ninguém
foi mendigo, bandido, contraventor, ou alguém
identificado com os algozes históricos..

Mas esse detalhe não destrói a argumentação de
ninguém. Tavez seja um mecanismo de defesa da
nossa memória, apenas lembrar coisas boas que
aconteceram nessas vidas.
Dizem que os sonhos são os agentes mais comuns
para nos conectar nessas frequências cognitivas.
Se isso é verdade, teríamos que selecionar os melhores,
pois assim como qualquer pessoa, sonho bastante, mas também
tenho pesadelos.

Repito, não duvido de ninguém, mas sinceramente
estou esperando com certa ansiedade até que me
aconteça alguma visão ou até um sonho mesmo que me prove
a veracidade dessa corrente..
Até o presente momento nunca vi nada que me
indicasse essa direção.
Enquanto isso, vou continuar...sonhando.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O que podemos fazer em dois anos e alguns meses?


As previsões apocalípticas apontam para dezembro de 2012 o
famigerado "fim dos tempos". Se essa data tem alguma coisa
de verdadeira, temos pouco mais de dois anos para nos
preparar psicologicamente.. Na prática não nos resta muito
para fazer...além de rezar. Conheço algumas pessoas que
resolveram "comprar" terras em altiplanos, pois acreditam
que nas áreas baixas não haverá como sobreviverem. Alguns
já estão se mudando. Pessoalmente acho uma temeridade gastar
com uma compra dessas. Na minha modesta opinião, se algo dessa
magnitude realmente acontecer de nada adiantará
apresentarem escrituras das terras, pois a invasão dos "fugitivos"
das planícies inundadas será inevitável.

Eu não estou convencido da veracidade dessas previsões. Não creio
sinceramente que devamos associar os últimos acontecimentos
climáticos com o "fim do mundo". Haverá uma mudança? Claro!!
já está havendo e não é de hoje. Na verdade posso prever
que teremos sérias dificuldades, para isso não preciso ser
nenhum Nostradamus. Entretanto creio que devemos isso mais às
nossas próprias interferências desastradas, do que quaisquer
ações divinas.

Não há dúvida que perdemos o controle sobre o avanço da poluição,
isso só para citar um pequeno exemplo. E a explosão demográfica?
A monocultura, queimadas, desperdícios, etc..tudo isso somado aos
efeitos climáticos subsequentes, já são suficientes para determinar
uma mudança expressiva. Terremotos, sempre houve e continuará havendo.
Tsunamis, enchentes e avalanches também. As consequências serão cada
vez mais catastróficas, sem dúvida e por que? A concentração
populacional, acúmulo de lixo e o efeito estufa determinam esses
resultados alarmantes..

As previsões acabam se cumprindo, pelo menos estamos fazendo de tudo
para que isso aconteça mesmo.. E o que podemos fazer para que nada
disso se realize? Em dois anos e dez meses? Nada!!! a nossa sorte é
que as probabilidades da Terra ser destruida são mínimas, quase zero
eu diria. Agora, quanto a humanidade, nisso as previsões são funérias,
e as chances de acerto...muito grandes.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Minotauro, a injustiça mitológica.


"Nessa representação do herói Teseu trucidando o gigante "taurino", vemos um exemplo clássico de uma das maiores qualidades da arte grega.. A moderação sobre a emoção.. Teseu está desferindo um golpe de 300 quilos no monstro, mas no seu rosto vemos a expressão de um turista passeando entre as ruinas da Acrópole"..

Mas o que nos interessa é exatamente o próprio Minotauro.. Para começar o nosso monstro não teve sequer escolha. Pelo simples fato de ser irmão de Hércules e só para não atrapalhar a carreira do maninho, foi transformado nessa figura e aprisionado no labirinto de Creta.. Tenho sérias dúvidas quanto à localização desse "covil".

Condenação sumária sem direito à defesa, começamos mal hein? Um baita erro jurídico, ou causídico, sei lá!!! ninguém pode ser tratado dessa forma, nem na Grécia. Mas isso se aconteceu foi há milhares de anos....não interessa!!!

A verdade é que além do Minotauro ser condenado sem julgamento, foi setenciado à morte duas vezes..Num primeiro momento foi executado pelo próprio irmão, numa luta desigual já que o herói Hércules estava acompanhado de Pégasus, o cavalo alado.
Logo em seguida foi a vez do Teseu se servir da carcaça moribunda do pobre Minotauro.

Como podemos perceber na mitologia a lógica não funciona muito bem.. Minotauro era bem mais forte que Hércules, Teseu e Pégasus juntos.. mesmo assim fizeram picadinho dele...e duas vezes.

Mas pelos menos há notícias que o "taurino" viveu intensamente.. Amou e foi amado por centenas de ninfas jogadas a ele pelos seus admiradores.. Pablo Picasso resgatou esses encontros amorosos e os eternizou numa série maravilhosa de desenhos sobre o tema. Eu dessa vez fico com essa escultura que para mim é no mínimo elegante..