sábado, 27 de março de 2010

Cavalo de Tróia. Um mito eternamente aplicado.



Uma ideia de Odisseu, segundo relato de Homero em seu
poema épico sobre a Guerra de Tróia.
Nenhuma artimanha ou tática de guerra da antiguidade
se compara em beleza, significado e grandiosidade
ao famoso cavalo.

Sua aplicação poderia ser o único ponto questionável
no entanto, temos que concordar com Odisseu em todos
sentidos.

Ao desmanchar grande parte da sua poderosa frota na
intenção de utilizar a madeira, os gregos poderiam
se enfraquecer ao ponto de perderem a guerra, aliás
essa já se mostrava perdida e o cavalo se transformou
de repente na última esperança grega. A ideia só não
pareceu estapafúrdia pela singela razão de não existir
nenhuma melhor, pois nada garantia que os troianos
iriam aceitar o "presente grego". Mas aí a sagacidade
do rei de Ítaca falou mais alto.

Em primeiro lugar, o cavalo demonstraria a aceitação
dos gregos da derrota. Oportunamente, deveria marcar
a falsa retirada numa manobra teatral fantástica.
Mas a principal qualidade dessa tática foi a simples
aposta de Ulisses no orgulho e regozijo do inimigo.
Os troianos ao perceberem a retirada da frota grega
e ainda vendo na praia um monumento de tal grandeza
não tiveram dúvida. Abriram os portões colossais da
imensa cidade e tudo foi festa em torno do "regalo".

Até hoje essa manobra é citada em diversas ocasiões.
Presente de grego que significa a fraqueza humana
diante da paparicação. A vaidade é a porta de entrada
para todos os "cavalos de Tróia", inclusive o virus
de computador que leva esse nome na inequívoca
intenção de gozar o momento de fraqueza de quem o
acolhe.

É por isso que os antigos romanos inteligentes já
diziam "Timeo danaus et dona ferentes". Temo os
gregos quando dão presentes.

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