quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Engenharia genética na antiguidade.



"Na pequena ilha grega de Icária durante escavações arqueológicas
foi encontrado um esqueleto muito estranho, no mínimo curioso.
Tratava-se de um espécime masculino aparentando jovem apenas do
pescoço para cima. Havia deformações praticamente em todo o
restante encontrado. A coluna extremamente encurvada, braços
alongados e desarticulados e pernas arqueadas para trás como fosse
um marsupial e muito velho. Nas mãos e nos pés apenas 4 dedos e no
extremo da coluna havia um apêndice medindo em torno de 6 cm. como
se fosse uma cauda".

Segundo alguns relatos bíblicos, os filhos dos gigantes podiam
se relacionar com as filhas dos homens, mas jamais poderiam
fazer o mesmo com os "animais sagrados".

"Esses animais perambulavam pela Terra livres assim deixados
pelos deuses que os criaram".

Os filhos dos deuses não podiam de relacionar com os animais
sagrados por uma razão muito simples, nada aconteceria.
Os animais eram híbridos resultantes de experiências genéticas
mal ou bem sucedidas, nunca saberemos. Os animais eram intocados
mas as filhas dos homens tiveram relações sexuais com esses
seres divinos. Alguns filhos destes coitos foram abandonados
também para que essas anomalias perecessem. Porém alguns
sobreviveram até a fase adulta gerando descendentes.

O mais surpreendente é que há relatos que esses seres chegaram
até a era cristã e dela passaram. "Segundo a Bíblia, João Batista
seria uma espécie de fauno. Vivia entre os animais, comia insetos,
moluscos e cobria-se com peles".

Os animais "perfeitos" eram venerados como deuses. Chamavam-se
perfeitos, aqueles que demonstravam boa saúde e uma forma física
excelente. Alguns casos:
Touros divinos Ápis do Egito, com cabeça de homem e corpo de
touro. As esfinges em praticamente todas as civilizações
antigas. Centauros da Grécia, Roma e Hebreus. Homens e mulheres
alados, em várias civilizações e assim por diante.

Hoje temos notícias de deformações genéticas por epidemias,
radiações e outras causas. Talvez também por experiências mal
sucedidas, mas...nada se compara com as aberrações da
antiguidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Constantinopla a rainha do Oriente




Do ano 324 dC. até 1453, Constantinopla ou Bizâncio, dominou
o mundo civilizado e exerceu forte influência em todas as áreas
do conhecimento humano. Assim como Roma ficou conhecida como
a cidade eterna, o mesmo adjetivo poderia ser aplicado no caso
de Bizâncio. Durante esse longo período, a cidade criada por
Constantino, o grande, foi alvo de inúmeras tentativas de
invasões. A metrópole resistiu e se fortaleceu na medida em que
vencia as batalhas enriquecia com tributos impostos aos
frustrados invasores. Não somente riqueza se transferiu para
detrás de suas muralhas, provavelmente toda a sabedoria
disponível na Europa e médio Oriente se hospedaram na capital
do Império Romano do Oriente, protegida pelos sábios governantes.

As origens do interesse por essa região desmilitarizada são um
tanto obscuras.
Misturam-se dados históricos com referências mitolólicas o que
determina que os fatos fiquem envolvidos numa névoa cheia de
discussões e teses intermináveis.
Pessoalmente a tese que mais me encanta é a de que um jovem
troiano, Enéias teria fundado o primeiro núcleo urbano
nessa região com o nome de Âncar. Segundo o poema épico de
Homero, Enéias teria fugido da morte juntamente com milhares de
cidadãos e soldados. Com ele estava seu filho ainda uma criança
de colo, que segundo a lenda seria fruto de uma relação incestuosa
entre ele e sua meia irmã.
Enéias resistiu aos gregos apostando nas invenções de um engenheiro
troiano de nome desconhecido. Essas maquinações seguraram os
exércitos gregos até o momento em que Enéias refletiu sobre o
motivo pelo qual os gregos tanto assediavam a nova cidade.
Certamente eles queriam a sua pessoa. Decidiu então partir pelo
mar de Negro com parte da armada grega em seu encalço.
Essa ação do lider troiano sepultou os assédios à cidade e esta
passou a ter sua vida normal e próspera.
Homero escreveu um segundo capítulo para a Ilíada ao qual chamou
de Odisséia, onde narra as viagens de Odisseu, também conhecido
como Ulisses. Por outro lado em Roma, ninguém menos que Virgílio
escreveria um terceiro capítulo que foi denominado de Eneida onde
são contadas as viagens de Enéias. Segundo Virgílio, Enéias teria
saído e chegado à costa oriental da Itália ainda com os
gregos em sua perseguição. Como Enéias escapou não vem ao caso, mas
a Eneida fala que teria se estabelecido entre as colinas ao centro
da Itália e seu neto Rômulo demarcaria com seu arado os limites
da capital do mundo, Roma.

Enquanto isso Âncar perdeu sua identidade e se transformou numa
planície quase sem habitantes. Somente colonizadores gregos
permaneceram com suas oficinas, plantações e rebanhos.
Essa condição permaneceu até a fundação de Bizâncio que em
grego significa nova Roma. Constantinopla transformada pelo
imperador Constantino na capital romana do Oriente, chegou
a ser comparada em nível de grandeza e poder à própria Tróia e
Babilônia. Para alguns filósofos, tão magnífica como a
lendária Atlântida.
A cidade viveu o seu apogeu durante as cruzadas. Todos os
exércitos e milícias vindas das terras cristãs, obrigatoriamente
faziam parada dentro dos limites de influência da poderosa
Constantinopla. Entretanto essa convivência era apenas nominal
e na melhor das hipóteses, anfitriões e hóspedes se suportavam
mutuamente devido divergências religiosas.
Essas diferenças filosóficas determinaram o acelerado declínio
do poder bizantino. A partir do momento em que o Sacro Império
Romano assumiu o controle da Igreja, podendo inclusive escolher
os Papas, paulatinamente Constantinopla deixava de ser o centro
do sistema cristão, perdendo além de força política, também
força militar e estratégica.

Em 1453 o mundo cristão perde a passagem para o Oriente.
A queda de Constantinopla exprime um equilíbrio entre Ocidente e
Oriente, com uma leve vantagem para o Império Otomano que se
apodera da grande cidade e uma apreciável posição estratégica
entre dois mundos.

Até mesmo neste momento de queda, Bizâncio foi grande. Com a
invasão turca, todos os cientistas e filósofos gregos migraram
para o Ocidente. Juntamente com artistas, engenheiros, médicos
e outros pesquisadores. Essa migração qualificada em massa
desencadeou o maior fenômeno do conhecimento humano desde a
cultura clássica. Este acontecimento ficou conhecido pelo
nome de Renascença, exatamente por representar o renascimento
da cultura clássica que se perdera com a queda de Roma para os
bárbaros.
Constantinopla, a rainha do Oriente abriu os olhos da Europa
para a luz do conhecimento, sepultando a idade média que
marcou o Ocidente como a idade das trevas.