quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Leda e o Cisne.


A formosa Leda seria supostamente apenas mais uma beldade da mitologia grega, não fosse o seu destino marcado por acontecimentos de extrema importância. A bela estava de casamento marcado com o rei de Esparta Tíndaro. Até aí tudo corria às mil maravilhas. Porém a vida da jovem, bem como, os acontecimentos que se seguiriam não estavam tão bem acomodados assim.


Leda descansava em seu belo jardim particular, rodeada de ninfas e jovens amas aproveitando o que a vida de uma futura rainha pode proporcionar. Quando menos esperava foi subitamente tomada de um calor intenso que subia de seu ventre corando as faces como se estivessem queimando. Olhou envergonhada para todos os lados e surpreendida não viu mais nenhuma das suas servas. Levantou-se rapidamente deixando os leves véus desnudarem seu lindo corpo.

De repente ao seu lado um enorme cisne abria as asas apontando seu sexo em sua direção. Leda jamais havia visto uma ave tão bela e de forma nenhuma, tão viril. Porém essa enorme ave era ninguém menos que Zeus em seu zoomórfico disfarce. A incauta virgem não pode resistir ao poderoso e erótico deus. Antes que pudesse cobrir-se de vergonha entregou-se à ave libidinosa com profunda excitação.

Dessa união amorosa nasceram quatro ovos que mudariam a história mitológica. Desses, os dois varões Cástor e Pólux, heróis invencíveis de muitas guerras e laureados discóbulos olímpicos. De outro ovo nasceu simplesmente Helena. Helena de Tróia que jamais foi de Esparta. E do último ovo nasceu a bela irmã de Helena, Clitemnestra a verdadeira esposa de Agamenon. O fato de Helena ter voltado para Tróia foi usado por Homero como o grande motivo em seu poema épico. Mas isso é outro capítulo dessa aventura que merece ser contada.

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